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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Brasil é denunciado na OEA por caso Vladimir Herzog

Brasil é denunciado na OEA por caso Vladimir Herzog

 
O Brasil foi denunciado na Comissão Interamericana de Direitos Humanos
da OEA (Organização dos Estados Americanos) por não apurar as
circunstâncias da morte do jornalista Vladimir Herzog, assassinado nas
dependências do Exército, em São Paulo, em 1975.
 
Segundo a denúncia, o "Estado brasileiro não cumpriu seu dever de
investigar, processar" e punir os responsáveis pela morte de Herzog.
 
Folha localiza em Los Angeles fotógrafo da morte de Herzog
Autor de foto de Herzog quer falar à Comissão da Verdade
Caso Herzog deve ser investigado, diz ministro da Justiça
Reportagem sobre Herzog ajuda a enterrar versão de suicídio, diz filho
OAB-RJ diz que caso Herzog deve ser esclarecido na Comissão da Verdade
 
Jornal do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo
 
Foto de Herzog morto em uma cela, em 25 de outubro de 1975
O Itamaraty confirmou ter recebido a comunicação da OEA no dia 27 de
março e está preparando uma resposta.
 
O caso foi levado ao organismo internacional, que já condenou o Brasil
por omissões nos crimes da ditadura militar (1964-85), por entidades
de direitos humanos, como Cejil (Centro pela Justiça e o Direito
Internacional), FIDDH (Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos
Humanos), Grupo Tortura Nunca Mais e Instituto Vladimir Herzog.
 
O caso Herzog voltou a ser discutido no início de fevereiro, após a
Folha revelar em reportagem a identidade de Silvaldo Leung, fotógrafo
que foi usado pela ditadura para registrar a morte do jornalista.
 
Segundo depoimento de Leung, a cena do suicídio foi forjada. O
fotógrafo, então aluno da Academia da Polícia Civil de São Paulo,
disse que não teve liberdade para fotografar o cadáver do jornalista,
como normalmente fazem os peritos fotográficos, e alega que foi
perseguido.
 
Após a revelação da Folha, autoridades do governo envolvidos com o
tema, como é o caso do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça),
defenderam que o assunto fosse novamente investigado.
 
Apresentado como suicida pelo Exército, a versão começou a ser
contestada logo no dia da morte de Vlado, como o então diretor de
jornalismo da TV Cultura era chamado.
 
Segundo testemunhas, após comparecer espontaneamente no DOI-Codi de
São Paulo para prestar depoimento, Herzog morreu após ser barbaramente
torturado. Depois, os agentes da repressão armaram a cena para tentar
simular o suicídio.
 
Um inquérito militar instaurado ainda em 1975 confirmou que o
jornalista se matou. Mas em 1978 a Justiça condenou a União pelo
assassinato de Vladimir Herzog.
 
Nos últimos 20 anos, contudo, duas ações foram propostas para apurar
as circunstâncias do assassinato, mas em ambos os casos a Justiça
arquivou as investigações com base na Lei da Anistia e no argumento de
que o crime prescreveu.
 
O argumento das organizações de direitos humanos para o caso ser
investigado, baseado na própria jurisprudência da Corte Interamericana
de Direitos Humanos, diz que "são inadmissíveis as disposições de
anistia, as disposição de prescrição e o estabelecimento de
excludentes de responsabilidade, que pretendam impedir a investigação
e punição" de quem cometeu graves violações aos direitos humanos, como
torturas e assassinatos.
 
Após análise da comissão e da manifestação do Estado brasileiro, o
caso provavelmente será levado à Corte Interamericana de Direitos
Humanos da OEA, instância superior que poderá condenar o Brasil --como
o fez em dezembro de 2010 por causa dos mortos e desaparecidos na
guerrilha do Araguaia.

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